Devemos deixarmo-nos, de quando em vez, experimentar algo velho reinventado. Como uma posição no acto sexual, uma forma de dizer “amo-te”, um caminho diferente para chegar a casa, uma nova especiaria no guisado favorito, um projecto profissional. Caso nada de novo se tentasse, teríamos a vida igual ao presente assegurada, uma outra forma de dizer que o “não”, a rejeição da nova ideia reinventada, seria certa. Então, tente-se. Tentemos.
Eu não gosto de tiramisu.
Hoje provei um num restaurante novo.
O tiramisu foi uma descoberta lenta, uma palete doce de sabores diferentes. Começava com uma película de chocolate em pó, culinário, logo, doce q.b.. Em seguida, uma quelque chose da qual só retive os maioritários queijo e leite condensado. No final, à laia de orgasmo (seguindo o primeiro exemplo da experiências do primeiro parágrafo), surgiam uns pequenos bolos, fofinhos, levemente embebidos em licor. O conjunto era excelente, de levar a colher ao fundo da taça uma e outra vez, degustando demorada e prazeirosamente.
Há coisas na vida que devem ser experienciadas. Se não gostarmos, sentimo-nos cheios de razão, totalmente em controlo da situação.
Se por acaso gostarmos, a experiência, como base da felicidade, como pequeno momento irrepetível, valeu a pena. Para repetir e inovar.
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